Escola Municipal Maria Inês Rodrigues de Mello desenvolveu um projeto de aquecimento de água com uso de garrafas pet
A vereadora Mari de Sá (PMDB) participou nesta terça-feira (14) de uma exposição, com várias apresentações, na Escola Municipal Maria Inês Rodrigues de Mello. Durante o evento, os alunos demonstraram, através do projeto “Tive uma Ideia”, toda a história do surgimento da energia elétrica e como é possível desenvolver formas sustentáveis para iluminação e aquecimento.
Uma das criações apresentadas foi o projeto de aquecimento de água com uso de garrafas pet, desenvolvido pela professora Josimara Amâncio e alunos do 5º ano, dentro do Consórcio para Proteção Ambiental do Rio Tibagi (Copati).
Esta ideia havia sido apresentada ao prefeito João Toledo Coloniezi (PMDB), durante uma reunião intermediada pela vereadora Mari de Sá. O prefeito encampou o projeto e autorizou ao Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto), através do coordenador Miguel Gardini, que também estava presente à reunião, que executasse a ideia, em caráter experimental, na própria escola.
Como é de conhecimento de todos, o uso de fontes alternativas de energia tem se tornado uma grande crescente em todo o mundo. Diversos modelos e sistemas têm sido desenvolvidos, ampliando o leque de opções para os consumidores.
Dentre as opções de uso de energia limpa, a energia solar tem se destacado das demais, apresentando inúmeros benefícios como infinidade e pureza. Todavia, a energia solar ainda apresenta um sério impedimento: seu alto custo, principalmente para os padrões brasileiros.
Frente a esse problema, uma ótima solução foi desenvolvida: O sistema de aquecedor solar com garrafas pet. O sistema com garrafas pet e os tradicionais sistemas de aquecimento solar possuem, em suma, o mesmo modo de funcionamento: transferindo para a água o calor captado a partir dos raios solares.
A grande diferença entre os dois sistemas está, obviamente, nos materiais utilizados e, consequentemente, nos custos.
Para o aquecimento solar com pet já existe uma técnica desenvolvida de aplicação, que, resumidamente, realizará a seguinte fluência: a água passará por tubos, que, por sua vez, passarão por dentro de garrafas pet interligadas, posicionadas em uma estrutura construída com caixas de leite.
Para uma maior conversão dos raios solares, as garrafas pet são pintadas na cor preta fosca. Essa pintura auxiliará também o aumento gradativo do calor, visto que a estrutura com caixas de leite irá refletir raios solares nas garrafas pintadas.
“Este projeto é muito interessante. A professora, direção e alunos da escola municipal estão de parabéns. Com este aquecedor solar de baixo custo, feito com materiais reciclados, confeccionado a partir de garrafas pet do tipo cristal (transparentes) e caixas de leite Tetra Pack pós-consumo, possibilita que, mesmo famílias de baixa renda que não possuem recursos para a implantação do sistema convencional, possam usufruir do projeto ganhando também em qualidade de vida. Além das famílias que vivem no meio rural onde quase sempre o difícil acesso impossibilita a chegada de energia elétrica”, exemplificou a vereadora Mari de Sá.
Um estudo de alunos do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) constatou que o aquecimento deste tipo de aquecedor feito de materiais reciclados se comparado a aquecedores solares comerciais do tipo termoplástico com reservatório de 22 litros, é praticamente o mesmo. Ou seja, uma vez que a eficiência do sistema alternativo é praticamente a mesma do sistema convencional o primeiro torna-se mais vantajoso na medida em que implica em custos quase zero para implantação e manutenção.
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